Postagens populares

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Válvulas e mecanismos de segurança do botijão



P-2: A válvula do botijão P-2 (NBR 8614) é do tipo automática, ou seja, quando o engate é rosqueado ele empurra um pino que libera a saída do gás, esta válvula possui uma rosca especifica para ser acoplada a dispositivos como lampiões, fogareiros e maçaricos em alta pressão, este botijão não deve ser utilizado com regulador e não conta com válvula de segurança para sobrepressão ou aquecimento.
P-5 e P13: A válvula destes botijões (NBR 8614) também é do tipo automática e é própria para que seja encaixado um regulador de pressão domestico, estes botijões possuem um 'parafuso fusível' que se derrete se a temperatura do botijão chegar perto de 70°C liberando o gás e evitando que o botijão exploda em caso de incêndio.
P-45 e P-90: A válvula destes botijões (NBR 13794) é um registro com abertura manual e é própria para ser ligada a uma mangueira (rabicho) que irá interligar o botijão a um tubo coletor, no corpo do registro existe um dispositivo de segurança que libera o gás se a pressão dentro do botijão ultrapassar um certo limite evitando assim que o botijão exploda em caso de incêndio.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Capacidade de vaporização



Um botijão com sua capacidade completa contém em seu interior cerca de 85% de GLP está liquefeito e 15% em estado vapor. O gás liquefeito se vaporiza à medida que o botijão se esvazia.
Para passar do estado líquido ao estado de vapor o gás precisa 'ganhar calor' do ambiente, por isso se um botijão fornece mais gás que sua capacidade de vaporização ele tende a esfriar, podendo chegar à formação de gelo no corpo do cilindro.
À medida que o botijão se torna mais frio, sua capacidade de fornecer GLP em fase vapor diminui, causando problemas aos usuários, por isso as centrais de GLP devem ser planejadas levando-se em conta a necessidade de gás em estado vapor da instalação e a temperatura media do ambiente onde está instalada a central para garantir a evaporação adequada do gás.
Uma outra opção é instalar vaporizadores, que são equipamentos que 'adicionam calor' ao GLP em estado liquido para facilitar sua gaseificação, mas isto raramente é usado no Brasil.
A tabela abaixo mostra a capacidade de vaporização natural de alguns tipos de botijão a uma temperatura ambiente de 20°C.
Código
Capacidade
Capacidade de vaporização a 20°C
P-2
2 kg
0,2 kg de gás por hora
P-5
5 kg
0,4 kg de gás por hora
P-13
13 kg
0,6 kg de gás por hora
P-45
45 kg
1,0 kg de gás por hora
P-90
90 kg
2,0 kg de gás por hora
P-190
190 kg
3,5 kg de gás por hora
  • P-190 é um cilindro estacionário abastecido no local (sistema a granel), está disponível na tabela apenas para comparação.
  • Os botijões podem ser associados em baterias colocando-se dois ou mais botijões ligados a um tubo coletor para fornecer uma quantidade de gás em fase vapor maior do que apenas um botijão poderia fornecer.
  • Por norma, apenas podem ser associados em baterias os cilindros P-45 ou acima, mas é possível encontrar baterias de P-13, especialmente em pequenas instalações.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tipos, usos e capacidades



A capacidade do botijão de GLP é expressa em quilos, existem botijões com várias capacidades, atualmente esses são os modelos mais comuns:
Código
Volume líquido
Peso líquido
Uso mais comum
Norma da Válvula
P-2
5,5 litros
2 kg
Fogareiros, lampiões e maçaricos
NBR 8614
P-5
12,0 litros
5 kg
Uso doméstico para cozimento de alimentos e maçaricos
NBR 8614
P-13
31,5 litros
13 kg
Uso doméstico para cozimento de alimentos
NBR 8614
P-20
48,0 litros
20 kg
Exclusivo em empilhadeiras a GLP
NBR 14536
P-45
108,0 litros
45 kg
Doméstico e industrial (cozimento de alimentos, aquecimento, fundição, soldas, etc)
NBR 13794
P-90
216,0 litros
90 kg
Industrial (em desuso)
NBR 13794
  • O botijão P-90 está em desuso e sendo substituído por cilindros estacionários da mesma capacidade ou superior que são abastecidos no local por caminhões (venda a granel).
  • No Brasil o uso de GLP é proibido para uso em veículos automotores com exceção de empilhadeiras movidas a GLP aonde são utilizados botijões tipo P-20, este botijão é o único que se utiliza na horizontal.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Centros de Destroca


A distribuidora de GLP é responsável por qualquer problema no cilindro com sua marca, por isso os cilindros de uma distribuidora só podem ser cheios, inspecionados e revendidos por ela mesma ou por outra empresa autorizada por ela, porem a distribuidora não pode se negar a receber cilindros vazios de outras marcas em troca de cilindros cheios, por isso os cilindros recebidos com marca de outras distribuidoras são enviados a Centros de Destroca aonde são retirados por suas respectivas distribuidoras.

Os Centros de Destroca são mantidos pelas próprias distribuidoras.
O GLP é um produto derivado do refino do petróleo. Sua sigla significa gás liquefeito de petróleo. No Brasil ele é conhecido como “gás de cozinha”, pois essa foi a sua aplicação inicial.
O petróleo é constituído, basicamente, por hidrocarbonetos, que são compostos químicos formados por átomos de carbono e hidrogênio. O GLP é uma mistura de dois hibrocarbonetos específicos, o propano e o butano.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O comércio de GLP engarrafado no Brasil


Iniciado no Brasil pela família Scarin, o botijão de gás é trocado a cada compra, o consumidor entrega seu cilindro vazio e recebe outro cilindro igual cheio de gás e lacrado, os cilindros vazios são recolhidos pelas distribuidoras de GLP que fazem uma inspeção no cilindro, apos isso ele é novamente enchido com GLP e posto a venda, os cilindros que não passam na inspeção são retirados de circulação para serem requalificados ou descartados como sucata.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

História do GLP engarrafado no Brasil


Os primeiros fogões a gás instalados no Brasil funcionavam com gás de carvão. As tubulações de gás, no entanto, eram restritas aos bairros mais centrais das grandes cidades. Para a população que ficava fora desses núcleos, as opções para cozinhar ou esquentar a água eram, em geral, lenha, carvão ou querosene.Em 30 de agosto de 1937, Ernesto Igel, imigrante austríaco radicado no Brasil, criou, no Rio de Janeiro, a Empresa Brasileira de Gás a Domicilio Ltda., que passou a vender gás engarrafado. O suprimento inicial utilizado por Igel era o propano, gás utilizado para acionar os motores de dirigíveis e que ficou estocado no país após o trágico acidente que pôs fim à era dos zeppelins.

As dificuldades iniciais foram muitas, principalmente relacionadas à desconfiança do consumidor diante de um produto tão inovador e à garantia do suprimento de gás, que passou a ser importado pela empresa. Ernesto investiu em uma infra-estrutura para armazenar e engarrafar o gás e fez parcerias com indústrias brasileiras dispostas a produzir os reguladores de gás, botijões e fogões.
Em 26 de setembro de 1938, o capital da empresa foi aberto e surgiu a Ultragaz S/A, que logo deixaria de ser uma empresa regional para atuar em todo o país. A grande expansão se deu depois do final da Segunda Guerra Mundial. Além de conquistar grande número de consumidores, a empresa investiu na ampliação das bases operacionais e na criação de inúmeras lojas para comercializar os fogões e botijões. Em 1956, essas lojas deram origem à rede Ultralar, pioneira no setor de grandes magazines.